A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a “Live CNBB – Igreja no Brasil Painel”, nesta quinta-feira, 2 de setembro, das 17h às 18h. Com o tema “Para ser cristão, fuzil ou feijão?”, a Live será mediada pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Joaquim Mol, com transmissão ao vivo pelas redes sociais da CNBB. (CNBB Oficial – YouTube).
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O encontro faz uma reflexão sobre a realidade brasileira com o aumento da pobreza e da fome, ao mesmo tempo em que cresce o armamento da população. Durante a live, algumas questões serão apontadas como: os cristãos e católicos neste contexto, a que apelos aderem? A qual realidade sentem mais compaixão? O que a Igreja, a Doutrina Social e o magistério do Papa Francisco nos orientam sobre este tema?
Participam da live dom Luiz Fernando Lisboa, da Congregação da Paixão de Jesus Cristo (missionários passionistas). Ele foi bispo da diocese de Pemba, em Moçambique, na África e experimentou a experiência e os impactos da guerra na vida de um povo. E também o economista e professor da Pontifica Universidade Católica de Campinas (SP), Antônio Carlos de Azevedo Lobão, o professor Lobão, que integra o Grupo de Análise de Conjuntura da CNBB.
Realidade brasileira
De um lado, o Brasil registra 19 milhões de pessoas passando fome segundo, o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).
O mesmo estudo aponta que 55,2% dos lares brasileiros, ou o correspondente a 116,8 milhões de pessoas, conviveram com algum grau de insegurança alimentar no final de 2020 e 9% deles vivenciaram insegurança alimentar grave, isto é, passaram fome, nos três meses anteriores ao período da coleta de dados, feita em dezembro de 2020, em 2.180 domicílios.
O levantamento foi feito em parceria com a Action Aid Brasil, Friedrich Ebert Stiftung Brasil (FES Brasil) e Oxfam Brasil, com apoio do Instituto Ibirapitanga. A coleta de dados ocorreu entre os dias 5 e 24 de dezembro de 2020 nas cinco regiões brasileiras, abrangendo tanto áreas rurais como urbanas, no período em que o auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal a 68 milhões de brasileiros, no valor inicial de R$ 600 mensais, havia sido reduzido para R$ 300 ao mês.
Por outro lado, registra-se o crescimento do armamento da população brasileira com as recentes flexibilizações que facilitam o acesso às armas. Segundo dados obtidos pela BBC News Brasil, os novos registros de colecionadores de armas, caçadores e atiradores, concedidos pelo Exército, bateram recorde em 2019 e 2020, somando 178.721, quantidade que supera todos os registros liberados nos dez anos anteriores (150.974 de 2009 a 2018).
Fonte: Arquidiocese de BH
